JamHUB Solutions lança solução TransplantHUB
15 outubro 2019 - Óbidos Parque
A JamHUB Solutions, empresa do Óbidos Parque - Parque Tecnológico de Óbidos, desenvolveu e está a internacionalizar-se com um software único para a área da Medicina, o TransplantHUB.
A solução foi criada com o objetivo de fornecer um ambiente integrado para gestão de todos os eventos associados ao transplante de um órgão sólido, agregando todos os workflows de doação e transplante. Numa só aplicação, o TransplantHUB fornece às equipas médicas a informação de que necessitam nas fases de tomada de decisão, ao mesmo tempo que garante a coordenação de todo o pessoal médico e simplifica a comunicação entre médicos e pacientes.
O TransplantHUB foi desenvolvido pela mesma equipa que desenvolveu o Registo Português de Transplantação (RPT), uma plataforma de âmbito nacional já a funcionar em mais de 50 hospitais de Norte a Sul do País e nas Regiões Autónomas, e que centraliza toda a informação disponível sobre o processo de doação, colheita e transplantação de órgãos e tecidos.
O TransplantHUB tirou “proveito do conhecimento entretanto adquirido não só com o desenvolvimento do RPT, mas também da compreensão cada vez mais profunda dos desafios inerentes à atividade”, explica Isabel Mateus, co-founder e CEO da tecnológica. “Em 2017, após quatro anos de RPT e já com o RPT implementado um pouco por todo o País, decidimos desenvolver um produto na área da transplantação”.
“Tomámos esta decisão cientes de que possuíamos um conhecimento profundo e de difícil aquisição, não só por ser altamente técnico, mas também pela sua multidisciplinaridade (mais de oito áreas de especialidade médicas) e pela dificuldade em adquiri-lo junto de profissionais com o tempo tão contado como médicos e enfermeiros”, justifica Isabel Mateus. Ao mesmo tempo, houve também a perceção “das necessidades existentes no setor da Saúde a nível mundial, não só em termos gerais, como também, e acima de tudo, neste nicho de mercado específico”.
“Efetivamente, se o transplante é a última esperança para diversos problemas de saúde, o número de pacientes a nível mundial à espera de um órgão é crescente. Este desafio resulta de fatores tão diversos como a dificuldade em converter potenciais dadores em dadores efetivos, já que existem limites estritos sobre as características de um dador, bem como do tempo que pode ocorrer entre a colheita e o transplante de um órgão. Por outro lado, apesar do enquadramento legal ser idêntico em toda a Europa, existem variações legais, processuais e organizativas entre os diversos países que há que contemplar”, constata a mesma responsável.
O TransplantHUB é por isso uma aplicação mais flexível, multilíngue, altamente configurável, “em que tirámos proveito da Inteligência Artificial para desenvolver algoritmos que apoiam as equipas médicas na tomada de decisão, desde a deteção de potenciais dadores até ao matching de pacientes e dadores”.
Projeto de internacionalização aprovado
O carácter inovador e a solidez do projeto garantiu a aprovação de um projeto de internacionalização cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. Neste último ano, a marca TransplantHUB foi criada e registada a nível europeu e internacional, a sua presença digital foi desenvolvida com a criação de um website (https://transplanthub.com/), em paralelo com o arranque de uma estratégia de marketing digital e forte presença online.
Entretanto, a JamHUB Solutions esteve presente em algumas conferências, como a e-Health Summit, que decorreu em março e, mais recentemente, na conferência promovida pelo H-INNOVA - Health Innovation Hub, de que é parceira, integrando o painel de oradores do seminário “Inovação e Empreendedorismo em Saúde”, que decorreu na Universidade da Madeira.
Na ocasião, António Gonçalves, sócio da JamHUB Solutions, falou sobre o tema “Transformação digital como veículo de prestação de melhores cuidados de saúde”, usando justamente como exemplo o trabalho desenvolvido no TransplantHUB.
Sobre o Óbidos Parque
O Óbidos Parque é um centro de negócios de base tecnológica, digital e criativa, do qual fazem hoje parte perto de 40 tecnológicas ligadas às áreas do Software, Hardware, Agricultura, Saúde, Design, Web Design, Marketing Digital, entre outras.
Nasceu em 2008 enquanto parte integrante de uma estratégia local de desenvolvimento da economia criativa, num território até aí assente na Agricultura, Serviços e Turismo. A aposta numa economia de massa cinzenta foi uma das metas traçadas há mais de 10 anos, e o parque tecnológico uma das peças fundamentais dessa abordagem.
Através de uma interligação dinâmica entre empresas, mercado e atividade académica e de investigação, o parque oferece um ecossistema de inovação favorável ao desenvolvimento de projetos, quer estejam numa fase embrionária, nascente, ou numa fase avançada de maturação.
Atualmente vivemos uma nova era de expansão com a chegada de novos investidores, novos edifícios e novos projetos.