O Parque Tecnológico de Óbidos (PTO) assinala este ano uma década desde a inauguração dos seus Edifícios Centrais. Em entrevista à Gazeta das Caldas, Miguel Silvestre, diretor executivo desde 2013, fez o balanço do percurso e apontou caminhos para o futuro.

“Estamos a assinalar 10 anos da inauguração dos Edifícios Centrais”, começou por lembrar, sublinhando que esse momento representou um ponto de viragem. “O que muitos diziam ser impossível, foi feito", disse, acrescentando que foi criado "um parque tecnológico onde não havia qualquer empresa de base tecnológica.”

Hoje, o PTO apresenta uma taxa de ocupação próxima dos 90 por cento, num ecossistema que integra empresas inovadoras, startups e iniciativas de investigação. Mas Miguel Silvestre considera que é tempo de pensar mais além. “A região tem potencial, mas falta uma estratégia mais consistente e colaborativa entre entidades”, declarou.

Na mesma entrevista, o diretor executivo destaca que “o Parque entra agora numa fase de maturidade”, o que exige novas ambições e maior integração regional. Segundo Miguel Silvestre, “para continuar a crescer, precisa de ser reconhecido com uma peça importante, mas não exclusiva, numa estratégia regional mais ambiciosa para atrair investimento, não só tecnológico, mas também ligado a outros sectores que beneficiam de soluções tecnológicas.”

Sobre o futuro, o responsável deixa claro que o desafio está em reforçar a ligação com o território e em criar um contexto mais ajustado à realidade atual. “Estamos num novo ciclo", concluiu.